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02/08/2019 - Andre Navarrete
Internet das coisas, IA e outras tecnologias inovadoras dão choque de gestão na medicina

Um dos segmentos da economia que mais crescem e se desenvolvem no mundo – e no Brasil não é diferente – é a saúde, tanto pública quanto privada. Grandes desafios para a medicina, contudo, são a qualidade, rapidez e sustentabilidade financeira do atendimento a mais de 200 milhões de brasileiros. A saída é um choque de gestão.
Para tal, a medicina pública e privada dispõe de tecnologias inovadoras, como sistemas de administração, controle e monitoramento remotos; Internet das Coisas (IoT); automação laboratorial; inteligência artificial e aplicativos para rastreamento e diagnóstico.
Atualmente, no Brasil, as operadoras de planos de saúde são responsáveis por aproximadamente 60% dos recursos empregados na área, enquanto o Sistema Único de Saúde (SUS), público, responde por 40%.
Como os planos de saúde têm em torno de 48 milhões de beneficiários, ou seja, menos de um quarto da população, é evidente que faltem recursos financeiros públicos para que o SUS atenda a mais de 75% dos brasileiros. A boa notícia é que há muitas oportunidades de melhorar o atendimento sem ampliar os orçamentos, com os avanços tecnológicos, como a impressão em 3D de órgãos e partes do corpo, e a imunoterapia (tratamento menos agressivo para vários tipos de câncer, por meio do próprio sistema de defesa do corpo).
Operadoras privadas e o governo já trabalham, por exemplo, para mudar o modelo assistencial do país, que privilegia consultas a especialistas e excessivos exames. O foco se desloca para a atenção primária à saúde, como no Reino Unido, que tem um dos melhores sistemas de saúde pública do mundo, o NHS.
A base deste tipo de atenção é o relacionamento com o médico de referência, espécie de médico da família, consubstanciada por históricos digitais (consultas, exames e procedimentos). Evita-se a duplicidade de exames e consultas.
Prontuário e registro eletrônico de saúde, portanto, são os primeiros passos deste processo. Sistemas administrativos, softwares para controle de eventos (consultas, exames e internações), estudos preditivos (da incidência de doenças por faixa etária, renda, região, profissão etc.), gestão hospitalar, de medicamentos e de OPME (órteses, próteses e materiais especiais) significam mais qualidade e menos custos na cadeia da saúde.
O uso combinado de IoT, aprendizado de máquinas, sensores e dispositivos móveis facilita a preservação de vacinas; promove o rastreamento de hábitos que podem provocar graves enfermidades; viabiliza o monitoramento de indicadores como pressão arterial, batimentos cardíacos e níveis de glicose no sangue; e possibilita pronta reação a ocorrências como Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).
Não está longe o dia em que o atendimento à saúde, inclusive medicamentos e terapias, será personalizado, segundo compleição física, DNA, doenças preexistentes, histórico familiar e a ação interna de nanorrobôs. Os remédios, a propósito, serão entregues por drones, rapidamente. Quem se cuidar, verá.

Esse e outros temas serão debatidos no INNOVATION MEETING e no INNOVATION HEALTH, eventos que acontecerão dias 30 e 31/08/2019 no Sheraton Reserva do Paiva - Cabo de Santo Agostinho - PE.
*exclusivo para convidados
Maiores informações sobre os impactos da LGDP através do 81 999259877 ou 81 991083332 ou contato@optimizegroup.com.br
 
*André Navarrete é Presidente da Optimize Group  e Co-founder do do GETIC NE (Grupo de Executivos de Tecnologia, Inovação e Comunicação do NE).



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